Riscos à saúde perinatal em recém-nascidos de mães imigrantes em um hospital público

  • Milena Lopez-Sanchez Universidad Nacional Mayor de San Marcos, Facultad de Medicina, Departamento de Obstetricia, Lima, Perú http://orcid.org/0000-0002-5866-0453
  • Mauro Huamani-Navarro Hospital de Emergencia Villa El Salvador, Unidad de seguros, Área de seguros, Lima, Perú http://orcid.org/0000-0002-9548-6749
  • Diana Alegría-Delgado Hospital de Emergencia Villa El Salvador, Unidad de gestión de la calidad, Área de gestión de la calidad, Lima, Perú http://orcid.org/0000-0002-3101-4611
  • Paola Llancachahua-Tarqui Hospital de Emergencia Villa El Salvador, Área asistencial, Servicio de obstetricia, Lima, Perú http://orcid.org/0000-0003-2577-7951
  • Luis Antonio Ormeño-Caisafana Sistema Nacional de Evaluación, Acreditación y Certificación de la Calidad Educativa, Dirección de Evaluación y Acreditación de la Educación Superior Universitaria, Lima, Perú http://orcid.org/0000-0002-1992-8680
Palavras-chave: Imigração, Gravidez, Recém-nascido, Obstetrícia, Nutrição materna

Resumo

Objetivo: Comparar as características perinatais de recém-nascidos atendidos em um hospital público durante o período de 2017 a 2019, de acordo com o país de origem. Material e Métodos: Foram analisados dados de recém-nascidos provenientes de um hospital público de segundo nível, com um total de 9.853 registros, dos quais 4,91% (484/9.369) eram filhos de mães imigrantes. Foram avaliadas a nacionalidade, idade materna, idade gestacional, tipo de parto, características antropométricas, sexo, escore de Apgar, malformações congênitas, tempo de clampeamento do cordão umbilical e aleitamento precoce. Resultados: As mães imigrantes eram mais jovens, com média de 26,6 ± 0,26 anos, em comparação com 28,8 ± 0,07 anos (p=0,001), e seus recém-nascidos apresentaram menor peso ao nascer (3.238,8 g ± 25,2 vs. 3.364,7 g ± 6,0; p=0,001), menor estatura (48,9 cm ± 0,122 vs. 49,3 cm ± 0,028; p=0,001) e índice de Miller-Hassanein inferior (1,42 ± 0,003 vs. 1,44 ± 0,004; p=0,331). Os filhos das imigrantes tiveram maior frequência de partos cesáreos (56,6% vs. 50,3%; p=0,006; IC95%: 1,07–1,52), menor clampeamento tardio do cordão umbilical (63,3% vs. 59,1%; p=0,048; OR: 1,21; IC95%: 1,00–1,46) e menor frequência de aleitamento materno precoce (35,7% vs. 39,8%; p=0,072; OR: 1,18; IC95%: 0,98–1,14). Observou-se também maior proporção de baixo peso ao nascer (7,4% vs. 6,8%; p=0,014) e de restrição simétrica do crescimento (15,9% vs. 11,3%; p=0,014). Não foram observadas diferenças quanto ao sexo (p=0,470), presença de malformações congênitas (p=0,990), prematuridade (p=0,413) ou asfixia perinatal (p=0,140). Conclusões: Os filhos de mães imigrantes apresentam características que sugerem maior risco para a saúde perinatal.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Organización Internacional para las Migraciones. Informe sobre las Migraciones en el Mundo 2020. 2019.

Organización Internacional para las Migraciones. Migración Internacional, Salud y Derechos Humanos. 2013.

Rossiasco Uscategui PA. Una Oportunidad para Todos: Los Migrantes y Refugiados Venezolanos y el Desarrollo del Perú (Vol. 2). 2019.

Organización Mundial de la Salud. Migración internacional, salud y derechos humanos. 2005.

Keygnaert, I, Guieu A, Oms G, Vettenburg N, Temmerman M, Roelens K. Sexual and reproductive health of migrants: Does the EU care? Health Policy. 2014; 114(2-3): p. 215-225.

Akker T, Roosmalen J. Maternal mortality and severe morbidity in a migration perspective. Best Practice & Research Clinical Obstetrics & Gynaecology. 2016 Abril; 32: p. 26-38.

Superintendencia Nacional de Migraciones. Características sociodemográficas de la migración venezolana en el Perú , febrero 2017 - julio 2020. 2020.

Mendoza W, Miranda J. La inmigración venezolana en el Perú: desafíos y oportunidades desde la perspectiva de la salud. Revista Peruana de Medicina Experimental y Salud Pública. 2019; 36(3): p. 497-503.

Jara-Castro AG, Ayala N, Dávila-Román AL. Perfil de fecundidad de las madres inmigrantes y madres puertorriqueñas, Puerto Rico: 2008 y 2013. 2017.

Raimondi D, Rey CE, Testa MV, Camoia ED, Torreguitar A, Meritano J. Salud perinatal de la población migrante. 2015.

Gagnon A, Zimbeck M, Zeitlin J. Migration to western industrialised countries and perinatal health: a systematic review. Social Science & Medicine. 2009; 69: p. 934–946.

Gissler M, Alexander S, Macfarlane A, Small R, Stray-Pedersen B, Zeitlin J. Stillbirths and infant deaths among migrants in industrialized countries. 2009.
Publicado
2025-06-10
Seção
Artigos originais